No dia 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da Malaysia Airlines partiu de Amsterdã com destino a Kuala Lumpur. Poucas horas depois, o avião desapareceu dos radares e se chocou contra o solo próximo à cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia. Todas as 298 pessoas a bordo morreram, incluindo 80 crianças.

Rapidamente, o mundo se voltou para a Ucrânia e a Rússia, já que havia evidências de que o avião havia sido abatido por um míssil. As investigações subsequentes apontaram para separatistas pró-russos que teriam obtido um sistema de mísseis Buk da Rússia. O governo russo negou qualquer envolvimento no caso.

Um vídeo registrado por um residente local logo após o acidente tornou-se prova crucial para a investigação. Nele, vemos destroços do avião e corpos espalhados pelo campo. A qualidade do vídeo é baixa, mas foi marcante por mostrar claramente o que havia acontecido. O vídeo foi divulgado pela imprensa internacional e teve grande impacto ao redor do mundo.

Além do vídeo, vários relatórios de investigação foram divulgados para esclarecer as causas do acidente do MH17. Em 2015, a União Europeia e os Estados Unidos impuseram sanções à Rússia em resposta às circunstâncias do acidente. Em 2019, promotores holandeses divulgaram acusações criminais contra quatro suspeitos de terem envolvimento direto no acidente. A Rússia ainda nega envolvimento e se recusa a cooperar com as investigações.

O acidente do MH17 continua sendo uma das tragédias mais marcantes da aviação civil e um exemplo das tensões geopolíticas entre a Ucrânia e a Rússia. O vídeo registrado no momento do acidente se tornou uma evidência crucial para a investigação e uma ferramenta importante na busca por justiça às vítimas e suas famílias.